Você sabe o que é o vício em dopamina? Você já se perguntou por que, mesmo tendo alcançado o sucesso financeiro e profissional, sente uma espécie de “neutralidade” emocional? Aquela sensação de que nada tem graça de verdade? Você vai à academia, mas precisa do fone de ouvido, do podcast e de responder mensagens entre as séries. Você se senta para jantar com a sua esposa, mas o celular está ali, virado para cima, exigindo a sua atenção.
Se você sente que a sua motivação está desaparecendo e que o prazer nas pequenas coisas — inclusive na intimidade com a sua parceira — está se esvaindo, saiba que isso não é um defeito de caráter. É uma questão neurobiológica.
Ao longo dos meus 25 anos de prática clínica e mergulhando nos estudos sobre comportamento humano, percebo um padrão alarmante nos homens de alta performance que atendo: o desequilíbrio na linha de base da dopamina. Hoje, explicarei como o seu telefone e o hábito de “empilhar prazeres” podem estar sabotando a sua vida.
O Perigo do “Empilhamento de Dopamina”
A dopamina é a moeda neuroquímica da motivação. É ela que nos faz perseguir objetivos, desde fechar um grande contrato até buscar a conexão sexual. No entanto, vivemos em uma era onde o acesso a picos de dopamina é imediato e constante, especialmente através dos smartphones.
O neurocientista Dr. Andrew Huberman alerta para um fenômeno que observo diariamente no meu consultório: o erro de tentar maximizar o prazer o tempo todo.
Imagine a seguinte cena: você vai treinar. Por si só, o exercício já liberaria dopamina. Mas você decide tomar um pré-treino (estimulante), coloca a sua música favorita no volume máximo e, durante o treino, envia mensagens e posta fotos no Instagram.
Você acabou de criar um pico gigantesco de dopamina artificial. Parece ótimo na hora, não é? O problema é o que acontece depois.
A Queda da Linha de Base
O cérebro busca homeostase (equilíbrio). Quando você força um pico muito alto de dopamina artificialmente — “empilhando” estímulos como música, celular e exercício —, o seu cérebro reage baixando a sua linha de base de dopamina para níveis inferiores aos que você tinha antes.
O resultado? Quando o estímulo acaba, você não volta ao “normal”. Você cai para um estado de déficit.
É aqui que o homem de sucesso começa a falhar. Ele sente um vazio, uma falta de energia e uma incapacidade de se concentrar em tarefas difíceis, como ler um livro complexo ou ter uma conversa profunda com a esposa. Ele precisa de mais estímulo apenas para se sentir “bem”. Como costumo dizer: quem continua fazendo o que sempre fez, continuará se sentindo como sempre se sentiu. E, neste caso, sentindo-se cada vez mais apático.
Como o Vício em Dopamina Afeta o Seu Casamento e a Sua Potência
Este mecanismo não se restringe à academia ou ao trabalho. Ele invade o quarto do casal.
Logo, se o seu cérebro está condicionado a receber dopamina em alta velocidade e intensidade — através de pornografia, redes sociais ou novidades constantes na tela do celular —, a vida real começa a parecer “lenta” e “sem graça”.
A sua esposa, a conexão real, o toque físico e a intimidade exigem presença. Eles não oferecem o pico instantâneo e artificial de um vídeo de 15 segundos ou de uma notificação de mensagem. Consequentemente, muitos homens relatam perda de libido, disfunção erétil (por falta de sensibilidade ao estímulo natural) e distanciamento afetivo.
Você está fisicamente presente, mas a sua mente está buscando a próxima dose de dopamina que o mundo real não consegue entregar na mesma velocidade que o digital.
A Solução: O Resgate da Sensibilidade
A boa notícia é que o sistema dopaminérgico é plástico; ele pode ser reconfigurado. O segredo não é buscar picos constantes, mas sim permitir a liberação intermitente de dopamina.
Então, para recuperar a sua motivação e o prazer genuíno, você precisa, deliberadamente, remover as camadas de estímulo extra.
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No treino: Experimente treinar sem o celular, sem música, apenas concentrado no esforço.
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No trabalho: Elimine as distrações e foque em uma única tarefa.
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Em casa: Quando estiver com a sua família, esteja apenas com a sua família.
No início, será desconfortável. O seu cérebro reclamará pela falta do estímulo extra. Mas, lembre-se: muito vale o que muito custa. Ao passar por esse período de “abstinência” dos estímulos sobrepostos, a sua linha de base de dopamina começará a subir novamente.
De repente, uma conversa com a sua esposa voltará a ser interessante. O pôr do sol voltará a ter cor. O sexo voltará a ser excitante sem a necessidade de fantasias artificiais ou estímulos visuais externos.
Acesse outro artigo redigido por mim e aprenda um pouco mais sobre como domar a dopamina.
Você Não Precisa Lutar Sozinho Contra o Vício em Dopamina
Compreender a neurociência é o primeiro passo, mas aplicar essa mudança de comportamento enquanto se lida com as pressões da carreira, da família e, muitas vezes, com o vício já instalado em conteúdos adultos, é um desafio complexo.
Muitos homens tentam resolver o vício em dopamina sozinhos e acabam presos no ciclo de recaída e culpa, desgastando ainda mais o casamento e a própria autoestima.
O meu protocolo de tratamento de 12 meses não é apenas uma terapia convencional. É um acompanhamento integral, desenhado para homens que não podem se dar ao luxo de perder mais tempo. Com a minha experiência de 25 anos e suporte diário, trabalharemos não apenas a remoção do vício, mas a reestruturação da sua rotina, do seu cérebro e o resgate da confiança e da intimidade com a sua esposa.
Se você é um homem de valor e está decidido a retomar o controle da sua própria mente e salvar o seu relacionamento, convido você a dar o próximo passo.

